segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Pensamento do dia (07)

Provavelmente vão achar o posto um pouco lamechas hoje, mas sabem caros eleitores deste blog, por vezes é preciso abrir o nosso coração, entregarmos e não rejeitarmos, por vezes pode ser trágico mas quem sabe se... se até não será mágico?

"Todos os dias apaixono-me por ti de uma maneira diferente"


Pensem nisto e... boa noite!



Eládio Clímaco II

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

A Palavra

Actualmente a palavra é usada de tantas maneiras que caso o nosso Camões soubesse a forma como é maltratada, penso que morria outra vez.
Aqui a palavra também é maltratada, não digo que não, mas há muito "boa" gente que abusa. E de que maneira.
A palavra nos nossos dias tem uma importância tal, que até mete medo. Desde os políticos que fazem dela gato sapato, passando pelo mundo do futebol onde passa a ter vocábulos inacreditáveis, até chegar ao meio social, às pessoas comuns que a maltratam, lhe dão pontapés, mas com uma força capaz de a mandar daqui, até à Lua.
As palavras novas que cada geração impõe como "bué", "yah", entre muitas outras veio denegrir, manchar a nossa língua, uma das mais belas do Mundo. Ao nível dos jovens é natural o uso deste tipo de palavras e expressões, o tal de calão, gíria, pois é uma fase em que quase se fala em código e meia palavra basta para, dentro dos grupos, se perceberem uns aos outros. Mas tal também tem limites. Os basofes, dreads, chamem-lhe o que quiserem, para mim são todos escumalha, fazem com que cada vez mais a nossa língua seja puramente um grupo de palavras de verdadeira dor de alma. Dói nos ouvidos.
Aquela série que consiste num grupo de jovens numa escola e o seu dia-a-dia é uma tristeza e um atentado a tudo o que devia ser defendido na sociedade. Vêm os professores de Português para a rua dizer que se deve não só escrever bem, mas falar ainda melhor e logo a seguir aparecem estes jovens na televisão em que cada frase que dizem, eu assemelho a poios a saírem daquelas bocas imundas de mau português.

Por outro prisma, a palavra é o mais importante que temos. É isto que nos faz viver em sociedade, a arte de comunicar.
A palavra faz com que tenhamos amigos, pessoas conhecidas, faz-nos parecer (ou ser) inteligentes, ou precisamente o contrário. É a palavra que leva à conquista. Um gajo por muito feio que seja, mas que tenha o dom da palavra, que saiba exactamente o que dizer nos momentos certos, tem sempre capacidade de ter "sorte" na arte da sedução.
Actualmente a palavra não tem a classe, a identidade que tinha nos seus tempos áureos, em que era bela, pura.

Neste texto, provavelmente assassinei a língua portuguesa um pouquinho mais, mais não tenho remorsos. Sei, de consciência tranquila que quando é preciso defender uma boa causa como esta sou o primeiro a dar a cara e dizer que também o faço, mas em tempo e lugar oportuno para o dito assassínio.



Um bem haja, até uma próxima.


Gustavo Simplósio